terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Questões de quem se forma na vida e percebe que seu diploma pode ser apenas seu epitáfio (visto por todos menos por si mesmo)


Esse post foi escrito no dia 21 de dezembro de 2009


Engraçado observar o emaranhar de informações como: Marques de Sade, Dança, Rio de Janeiro, Brigitte Bardot e Manoel Carlos. Bem, proponho aqui reuni-los numa só tacada, para não ficar chato, e ainda porque, apesar do redemoinho onde e como se encontram, possuem um rastro lógico que, confesso, não é muito difícil demonstrar.
Sem apegos cronológicos, uma das minhas professoras-guias da Unicamp, onde faço dança, apresentou um espetáculo baseado na obra de Marques de Sade, com o qual mantive contato ainda maior, não através de sua literatura, mas pelo filme que acabei de assistir retratando sua vida (aquele com a Kate Winslet). A sessão acabou ainda cedo no quarto da pousada em Búzios/RJ, onde Brigitte Bardot um dia pisou (Ah...seu memorial aqui é pequenininho mas bem legal, deu vontade de tê-la conhecido). Veja só, apesar do sol convidativo lá fora, congelei seu ardor de quem anuncia a entrada do verão (21/12) para em algumas horas me afogar nas loucuras pornográficas de Sade. Segundo ele o artista não deve edificar o homem, mas mostrar seu retrato, e aquilo que une toda a humanidade – a perversão seria uma delas. Estou me formando em dança, e vejo em mim, nascer um artista, a viver um parto às avessas, ainda que belo, luminoso e obscuro ao mesmo tempo. Percebo que algo me convida a buscar novos ares, talvez para que a “criança-artista” nasça em regiões onde haja mar (estou em búzios) e, assim, possa velejar como os pescadores de Caymmi, em busca de dois amores, um bem na terra, um bem no mar. Perceba agora o motivo para introduzir o Rio de Janeiro neste frágil texto. Cidade caótica, mas tão calma, e nervosa com tanto molejo e samba! Ah, o samba tem sido uma redescoberta apaixonante. Penso que o Marques de Sade deveria ter escutado Cartola, Dona Ivone Lara, ou outro compositor que afirmasse todos os paradoxos existenciais, numa cadência de bamba. Opa.... estou me formando em Dança. “Acredito que formando na vida/dança, além de saber mexer é preciso saber enxergar o que a gente mexe enquanto se remelexe.” O que Sartre pensaria dessa frase?
Mas voltando, pra não perder o fio da meada, que deveria ser perdido a todo o momento, finalizo com a máxima: Enquanto passeio na terra em que a atual Helena de Manoel Carlos passa seus dias de descanso, com mamãe, minha geradora, cuja barriga me abrigou por 7 meses (Sim, eu nasci prematuro...), e me cuspiu para o mundo, penso se é possível ser artista e criar uma nova saída – seria pelo mar? -, por onde a jangada da vida possa passar, ainda que trema pela ausência de cabelos para agarrar (Paulinho da Viola), na esperança (palavra complicada) de, ao final, velejar feliz, na cadência das ondas, ou do samba...

sábado, 1 de agosto de 2009

Refletir e refazer....

Tô postando a resenha que escrevi sobre a SPCD durante o curso "Redação crítca" do festival de Joinville com a Marcela Bevegnu. Foi bem legal..!
Ah...e tenho que dizer que o espetáculo da bailarina Patrícia Werneck e do músico Celso Nascimento foi incrivelmente belo. Deixou eu e a Paulinha de queixo caído. Quem sabe depois não escrevo algo sobre eles...





3 EM 1
Que a SPCD é um projeto estridente, porém muito competente da secretaria de cultura do estado de São Paulo nós já sabíamos. Que Balanchine (1904-1983), russo de nascença radicado nos EUA, foi o grande inaugurador do neoclassicismo na dança nós também sabíamos. Que Joinville é o maior festival de dança do mundo segundo o próprio Guinness book, além de sabido, é também motivo de orgulho para todos nós que torcemos por uma dança mais disseminada e valorizada.
Bem, a soma de toda essa grandiosidade reunida deve servir para nos ensinar muitas coisas, uma delas, a que considero principal, é o caráter didático que Serenade imprime a um festival cujo carro-chefe ainda é o balé. Me explico melhor: assistir um clássico de Balanchine em Joinville é muito importante para que as diversas academias espalhadas pelos quatro cantos do Brasil, aqui reunidas, possam perceber um pouco da origem daquilo que estão fazendo, aprimorando, assim, seus próprios trabalhos. Afinal, Balanchine representa um divisor de águas na história do balé e, sem dúvida, é extremamente responsável pela visão que temos hoje da bailarina clássica.
Outro fator importante é a confirmação da possibilidade de termos no Brasil uma companhia clássica de alto nível técnico e investimento suficiente (que não é pouco) para manter essa qualidade. Ainda que o projeto esbarre inevitavelmente numa tendência em supervalorizar os modelos estrangeiros, é inegável que o trabalho da SPCD tem se mostrado muito sério e capaz de elevar a dança ao status de maior prestígio na nossa sociedade.
Quanto ao trabalho em si, a obra de Balanchine me parece muito ousada quando vista imersa numa época em que o balé se apoiava em excesso nas narrativas lineares e nos recursos miméticos, mesmo considerando que o panorama americano, onde foi criada a obra, já se mostrava moderno desde as primeiras investidas de Lincoln Kirstein (1907-1996) na criação de um balé nacional.
A fruição estética de Serenade, apoiada na bela música de Tchaikovsky, e reforçada pela luz e figurinos nos leva a sonhar com a possibilidade de leveza daqueles corpos, numa tentativa de apreender seu espírito e trazê-lo para os tempos difíceis que vivemos. É claro que isso só é possível gaças a alta qualidade técnica dos bailarinos e do trabalho rigoroso de remontagem da obra.
Faço aqui um parênteses: a entrada do primeiro bailarino (a obra é um culto à figura feminina), o seu figurino e gestual diferenciado, quebra a construção cresente a que o espetáculo se encontrava no momento de sua entrada. Retomando a idéia de balé de ação de Noverre (1727-1810) que sugeria uma dança composta por inúmeros “quadros” em sequência, o novo que se estabelecia com a presença masculina contrapôs com o restante de tal maneira, como seria colocar uma Tarsila ao lado de um Iberê na mesma sala de exposição. No entanto, esse elemento não é grande o bastante para retirar a beleza e encantamento da obra.
É por tudo isso que considero o encontro entre a SPCD, Balanchine e Joinville de extrema valia para entendermos melhor esse ofício da dança que tanto amamos, mas que sofre com a ausência de conhecimento do passado que poderia auxiliar (e muito!) na construção de um caminho mais sábio no futuro.

sábado, 4 de julho de 2009

PINA


Dance com ela
Um câncer levou Pina Bausch, aos 68 anos. Fica a imagem da alemã que revolucionou a linguagem da dança moderna

SAYONARA PEREIRA

O nome da bailarina e coreógrafa alemã Pina (Philippine) Bausch, que nasceu na cidade de Solingen em 1940, foi sempre associado diretamente a sua condição de criadora e mentora da dança teatral contemporânea. Suas peças coreográficas têm sido apresentadas nos quatro cantos do mundo, para plateias deslumbradas, e sua obra já foi analisada por vários pesquisadores, em prosa e verso. Fotógrafos lhe dedicaram livros de fotos; documentários e filmes foram rodados sobre esta brilhante coreógrafa e seu maravilhoso e diversificado Ensemble sediado na cidade de Wuppertal, na Alemanha.Poucos são os coreógrafos capazes de tocar profundamente a alma humana com suas criações, Pina Bausch encontra-se neste seleto grupo que consegue trazer para a cena situações cotidianas, questões que emergem dos sentimentos mais densos do homem, apresenta-os com uma caligrafia única e cria momentos de poesia.A temática abordada pela dança teatral de Pina Bausch, ao longo de mais de três décadas, manteve sempre a mesma essência. Somente a ótica, pela qual os temas são tratados, modificaram-se sutilmente, talvez como o estado de ânimo do homem contemporâneo, que mesmo com todos os progressos tecnológicos ainda se emociona com os mesmos temas: amam, sentem medo, são solitários e sentem saudades.Pina foi aluna de Kurt Jooss (1901-1979), coreógrafo alemão e fundador do departamento de dança da Folkwang Hochschule na cidade de Essen – Alemanha, escola onde Bausch fez grande parte de sua formação e deu início as suas criações.Com Jooss, Bausch aprendeu sinceridade, e a lapidar as qualidades já existentes nos corpos dos intérpretes-colaboradores que vieram a protagonizar as suas 49 peças ao longo desta fértil trajetória criativa.Bausch flexibilizou e alargou todos os conceitos relativos à dança cênica existente, e podemos dizer que seu trabalho é um “divisor de águas” entre o que existia até a década de 70 e o que passou a existir a partir de então.As cenas desenvolvidas em suas peças coreográficas foram situadas em lugares muitas vezes ecléticos como: um campo de cravos (Nelken, 1982); uma reunião de pessoas, em volta de uma mesa, todos com água até a altura dos tornozelos (Arien, 1979 ), tendo um hipopótamo como convidado; em uma sauna (Nefés, 2003). onde ao longo da peça bolhas de água brotam do chão. São incontáveis os lugares inusitados que somos convidados a passar e conhecer.Suas peças coreográficas, compostas de uma gama de associações, de pequenas histórias, trazidas por seus intérpretes, muitas vezes autobiográficas, conseguem estabelecer ligações com as nossas próprias histórias. E esta proximidade nos dá oportunidade de rirmos de nossa própria solidão ou chorarmos por uma cena que nos remeteu de volta às lembranças longínquas de nossa infância.Pina Bausch introduziu o uso da palavra na cena a partir dos anos 1980 e sabia lidar, de forma brilhante com códigos estabelecidos a partir do gesto e da voz, responsáveis não só pela performance do espetáculo, como também pela linguagem, expressividade e estética cênica .Seus espetáculos sempre deixaram o público muito curioso, emocionado, próximo e tocado verdadeiramente por todas aquelas imagens belas, sensíveis, surreais ou grotescas presentes em sua obra.Bausch sempre se interessou em observar pessoas e seus respectivos comportamentos, por todos os lugares do mundo por ande andou, importando-se com o que move as pessoas e não como elas se movem.Achava ótimo que a dança não fosse apenas bonita ou simpática, mas que tivesse a ver com cada um de nós, com os nossos sentimentos, com as nossas aspirações e com o nosso sofrimento.Bailarinos muito maduros, integram o seu Ensemble e, cenicamente, com suas movimentações muitas vezes reduzidas, mas sempre precisas, sensíveis, e humanas chegam muito perto dos sentimentos das pessoas que estão sentadas na plateia.Com movimentos de braços, do torço e do plexo inigualáveis, seus intérpretes conseguem dosar, de maneira mais adequada possível, seus limites físicos, oferecendo os ingredientes para que o público trafegue dentro de seus medos, suas descobertas, seus chistes como partners.Pina Bausch faleceu na última quarta-feira, dia 30, em Wuppertal, cidade industrial e muito cinza, que abrigou seu elenco e todas as suas ideias inigualáveis ao longo das últimas quase quatro décadas. Sua perda inesperada será sentida por todas as pessoas próximas e por todo o público que esta criadora quase tímida, lânguida, que com seus olhos de um azul profundo, cativou por todos os lugares em que passou.O público porto-alegrense conheceu seu trabalho em 1980 (Sagração da Primavera -1975) e se maravilhou em 2006 com a obra Para as Crianças de Ontem, Hoje e Amanhã (2002), que foi apresentado no Porto Alegre em Cena.* Doutora em Artes pela UNICAMP-SP, e professora na mesma universidade. Bailarina, coreógrafa, pesquisadora, pedagoga em dança licenciada pela Hochschule Für Musik Köln, na Alemanha. Convidada pela bailarina e coreógrafa alemã Susanne Linke, estudou na Folkwang Hochschule(1985), escola dirigida por Pina Bausch, localizada em Essen, Alemanha, cidade onde também viveu e atuou profissionalmente entre 1985-2004.
Dica do André: Quem puder leia o texto que Caetano Veloso escreveu no Estadão sobre a coreógrafa. Muito singelo.

sábado, 11 de abril de 2009

big-bang

No mar o grão de areia parece ainda maior
Do mar, eu vejo a areia
grãos de minha existência
e desmancho em pó/poeira
me encantei


Ok, esse blog é meu, espaço para palavras, exatamente as que argamassam tormentas que ao tocarem o chão rebentam em sonhos, daqueles que esmurram o peito e levitam os pés.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sou baiano também...



Escrevi meu primeiro conto inspirado no filme “Céu De Suely” de Karim Aïnouz, na música Rebento de Gilberto Gil, no livro “Capitães da Areia” de Jorge Amado, indicado pela minha dentista sob o argumento que assim eu entenderia melhor a Bahia e seu povo, e pelos dias que passei em Salvador, e foram inesquecíveis...principalmente pelos amigos que encontrei, reencontrei e os que já faziam parte constante da minha vida.



Céu de Pedro
O mar é dentro dele, quebra mais fundo ainda.

Pedro era só silêncio, ainda que alguém mais perceptivo escutasse o rebento que trazia em si, e a imensidão do som nesse momento.
Pousou os olhos na luz que manchava o céu. Manchava tudo, tornando inseparável o mar, o sol, o céu, o barco imóvel - tudo unido. Acha graça, parado, concentrado no rebento marítimo que percorre todo seu corpo e que se fixa na mente. Ri timidamente a ponto de se julgar bobo, ainda que o mar venha das profundezas de uma existência que ele desconheça, e cause mais medo que alegria... Toda aquela paisagem maltratava-o. Onde viam um presente da natureza, Pedro percebia apenas um exuberante egoísmo, e uma irritante necessidade egocêntrica de beleza que emanava não sabia de onde. Por isso seu silêncio enquanto todos aplaudiam, celebrando mais um crepúsculo, mais um presente divino, como acreditavam.
Pedro sentia falta do amor, afinal tanto rebento pedia a existência de outra manifestação, ainda maior, capaz de abarcar tudo que fazia de sua vida uma simples e insignificante existência. Lembrou-se de quando sentiu amor e vontade de cuidar, e mais ainda ser cuidado. Anos de flagelo, muitas vezes causados pelo próprio, no entanto, transformaram-no num rio trôpego, incapaz de seguir seu rumo natural, estabelecido pela benevolência divina, como aprendera. Sofria... E era um sentimento arrebatador, silencioso, mas poderoso, e daí o maltrato imenso, capaz de escancarar sua renegada impotência infantil. Continuava em silêncio. Era incapaz de dizer uma palavra, e as que se atreviam sair de sua boca – forçadas pelas contrações involuntárias dos músculos de sua face -, soavam burras, em colapso com o turbilhão silencioso que boiava na pequenez de seu corpo.
Lentamente, ainda hipnotizados pelo que acabaram de presenciar, ou mesmo seguindo aquilo que consideravam um ritual em que todos os movimentos devem ser executados sem pressa, pausadamente, as pessoas foram levantando e seguindo seus destinos, os quais Pedro considerava nobres, pois estavam embebidos por um respeito à lógica divina que não aprendera, e provavelmente nunca aprenderá, pois era diferente, e sabia disso. Só não enxergava a possibilidade de ser tudo isso sintoma das espécies a que fazia parte, as ditas frágeis, que lutam por um amor diferente, e calam quando precisam gritar. Pedro era frágil e queria escancarar ao mundo o que sentia, dizer aos quatro cantos que gemia calado, que a água que bebia só o afogava, e que o mar que admiravam estava dentro dele a rebentá-lo. E o que queria não era piedade, ou uma atenção meramente caridosa, pois caridosos eram “sapos disfarçados de príncipes”. Queria uma mão firme, capaz de erguê-lo em vôo leve. E sabia poder recompensar depois, bastava que confiassem nele.


Foi quando subitamente Pedro já não se distinguia mais da paisagem, era rocha e era mar. Era também sol e céu. Assim como observara quando pousara seus olhos tristes no crepúsculo, no instante que prenuncia a chegada da noite e seus mistérios. Agora brilhava mais que as próprias estrelas que surgiam timidamente, ainda que poucos notassem. Afinal, também eram poucos que sabiam Pedro carregar uma estrela no lugar do coração. Assim como Dora...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

São Paulo Companhia de Dança



Balé
Uma técnica em desenvolvimento desde o século XVI cujo epicentro se encontra nos exageros das monarquias européias. Toda a fartura e extravagância dos palácios e jardins fortaleciam a emergência de espetáculos que, ao lado de muito ouro e brilhante, não deveriam mostrar-se desbotados, mas acrescentar mais purpurina onde aparentemente não faltava. Luis XIV, o rei Sol, assim como o grande astro rei, se encantou pela Dança e fez dela uma extensão de seu raiar, elaborou e codificou algumas posturas que nunca mais sairiam de moda e que, mesmo passível de mudanças, se solidificaram e hoje representam a grande fachada da dança ocidental: o balé clássico.
Acabei de retornar da audição da primeira companhia de Dança brasileira que conseguiu juntar a vontade de voltar ao epicentro onde tudo começou, com a verba necessária para um projeto tão auspicioso. Assim como outros bailarinos esperava ansioso pelo momento de entrar na sala onde teria chance de mostrar o que penso sobre dança, como me movimento, e como tudo isso junto é capaz de fazer alguma diferença num mundo indiferente como o nosso. Porém, antes de qualquer divagação sobre os rumos da dança era preciso que nos enumerassem. Assim, meus anos de dança, reflexão, cansaço e muita preguiça poderiam entrar no código de barra numero 5, com o qual me sentia num mercadinho a fazer compras. A diferença que o pedido não vinha de uma simpática e atenciosa atendente, mas de um bando de competentes profissionais da Dança que, por algum equívoco, daqueles que nao adianta fazer força para entender, falavam uma língua afrancesada e se entusiasmavam quando algum moreninho se empinava todo, ou melhor ainda, quando um cafuzo, meio pardo, se orgulhava de ter girado as três piruetas endehors, e finalizado numa quarta posição tão elegante que lembrava seus ancestrais nórdicos.

O numero 5 fez seu melhor, mas foi cancelado logo que descobriram uma falha no processo de adequação histórica, trocando em miúdos, quando quicou na pirueta em arabesque.

Antes que algum curioso comece a pensar que isso tudo é despeito da minha pessoa (como diria Madame Satã!!), digo que está totalmente certo. Tanto logo meu número foi convidado a passear pelo Bom Retiro (bairro de São Paulo onde fica a sede da companhia), peguei meu carro e fui direto ao Campos Elisios, ou Champs-Élysées, como preferirem.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

a volta que a vida dá...



Resolvi retomar meu blog...agora direto da minha pátria mãe gentil. Como bom filho pródigo retornei à casa, bem diferente de como saí, mas com mesma identidade e sexo (por enquanto!!!).
Nessa volta afirmo: não me deixem só. Não que tenha medo de escuro, mas por ter medo de mim mesmo.
Esse angu nasceu da união entre o AN e o GU que agora, só pode existir numa junção ainda maior, em que as partes não sejam mais vistas separadas, e sim unidas indistintas. Obrigado por tudo... espero que minha vida\dança seja para as pessoas o que você foi para mim: transformador.